Então mostrarei como funciona essa tecnologia que não é tão nova, mas, que está revolucionando os novos dispositivos móveis .
NFC: conheça a tecnologia que muda a interação com objetos.
Caroline Hecke
A tecnologia NFC (Near Field Communication) tem um sistema bem simples de ser utilizado: apenas com a proximidade de dois dispositivos eletrônicos compatíveis, você é capaz de realizar a troca de informações de maneira bastante segura. Com isto, é possível captar informações de qualquer objeto em que a tecnologia for aplicada. Por exemplo, você pode obter informações de um cartaz ou de um display em um supermercado, apenas encostando seu celular nele. Comprar ingressos para um espetáculo aproximando seu celular do cartaz que anuncia o show. Outras aplicações para a tecnologia seriam a aquisição de produtos e serviços, além de fazer parte de documentos, como a identidade ou o passaporte.
Como isso tudo surgiu?
A NFC é uma tecnologia que surgiu a partir da RFID (Radio Frequency Identification). A RFID permite a comunicação de dois aparelhos à longa distância, por meio de radiofrequência: um deles traz uma fonte de energia e age ativamente, buscando informações no outro dispositivo, que não necessita de uma fonte de energia própria para funcionar.
A Near Field Communication, como o nome sugere, limita o campo de atuação de frequências para uma distancia de até 10 centímetros. Assim, é necessário estar bastante próximo ao objeto para que haja a troca de dados - o que a torna bastante segura. É importante observar que os dados são obtidos da fonte passiva pela fonte ativa. Assim, as informações contidas em qualquer aparelho que use a tecnologia não podem ser acessadas por outros dispositivos.
A NFC foi criada para transmitir dados de maneira mais segura. Enquanto a RFID é a melhor opção para o rastreamento de animais, por exemplo, a NFC pode ser aplicada para a realização operações bancárias. Isso por que a abrangência da frequência RFID poderia ser utilizada por pessoas com más intenções, para tentar obter dados sem autorização ou clonar aparelhos, o que a necessidade de proximidade da NFC não permite.
Mas como isso está sendo usado?
Se esta é uma tecnologia que pode trazer tantas facilidades para a vida das pessoas, ela deve estar em um gadget que esteja presente 24 horas por dia na mão dos usuários. Por isso, a melhor aplicação encontrada até agora é a implementação da NFC em aparelhos celulares.
Em países como o Japão, já é possível conferir a tecnologia sendo utilizada no dia a dia: o sistema de metrô permite que passagens sejam compradas com a aproximação do aparelho de telefone às catracas. Desta forma, objetos comuns do cotidiano transformam-se em "objetos inteligentes", capazes de armazenar e transmitir informações.
Existem inúmeras formas de usar a NFC. Muitos acreditam que ela deve substituir os códigos de barras e até mesmo os cartões de crédito. Assim, o consumidor não precisaria mais buscar por máquinas de leitura nas lojas: basta aproximar o celular para conferir o preço do produto. Ao final da compra, para efetuar o pagamento, basta a mesma ação em um aparelho instalado no caixa.
A BMW apresentou um protótipo de chave que utiliza o NFC. Com ela, seria possível realizar várias atividades. Em um breve vídeo, as possibilidades são demonstradas: os usuários seriam capazes de comprar passagens de trem ou metrô usando um sistema exclusivo adaptado ao carro, além de pagar por qualquer outro serviço ou produto em pontos de venda.
Outra facilidade proporcionada por este modelo de chave seria a verificação das condições do carro, apenas com a aproximação a aparelhos com NFC. Segundo engenheiros da empresa, o sistema aplicado à chave seria ainda mais seguro do que em outros aparelhos portáteis.
Além disso, a tecnologia pode estar em documentos, facilitando o impedimento de acesso de adolescentes a locais como bares e clubes noturnos, por exemplo. Com a NFC, também seria possível assistir ao trailer de um filme apenas colocando o aparelho celular próximo ao seu cartaz. Estima-se que a tecnologia NFC faça parte ativa do cotidiano de usuários na América do Norte até o ano de 2015.
Gadgets com NFC
Ampliando os campos da NFC, o novo modelo da Samsung, Nexus S, traz a tecnologia já acoplada ao aparelho. Com o funcionamento no sistema Android, é possível perceber que a Google está disposta a investir nesta nova maneira de transmissão de dados.
Boatos circulam pela internet, com informações de que a Visa estaria testando na Europa um sistema de pagamento de metrô, similar ao de Tóquio, utilizando o último modelo do iPhone. Com isso, espera-se também que a nova geração dos gadgets da Apple - iPhone, iPod Touch e iPad - contem também com o sistema. Entretanto, a informação não é confirmada pela Apple.
Em contrapartida, pesquisas realizadas pela Visa demonstram que 87% dos usuários do iPhone estariam dispostos a comprar um hardware para ser acoplado em seus aparelhos, possibilitando a realização de pagamentos via NFC.
Isso talvez possa acelerar a inclusão da tecnologia no uso diário, transformando em poucos meses a forma como consumimos informações e produtos. O sucesso do NFC é bastante esperado, já que o custo de produção dos dispositivos que enviam dados são relativamente baixos.
Nova
tecnologia faz uso do OLED, uma maneira de emitir luz organicamente.
Prazer, meu nome é OLED
As telas
flexíveis usam uma tecnologia relativamente nova chamada de diodo orgânico
emissor de luz — comumente conhecida pela sua sigla em inglês, ou seja, OLED.
Esse dispositivo já está presente em televisões e outros aparelhos, como o PS
Vita, pois possui um grande trunfo: ele produz luz própria.
Algumas pessoas podem
pensar: “Que incrível! Essa telinha é como o sol!”, mas não é bem assim. Para
que o OLED possa brilhar e reproduzir imagens, é necessário emitir cargas
elétricas que fazem o dispositivo funcionar. E, com a luz própria, é possível
obter cores mais reais, melhor definição e muitos outros benefícios.Além disso,
o OLED é extremamente fino, o que permite o uso em materiais não convencionais,
como o alumínio. Dessa forma, é possível construir telas realmente flexíveis,
com uma aparência semelhante à do papel convencional.
E como essas telas são feitas?
Como já foi explicado anteriormente, o OLED necessita de uma carga elétrica
para funcionar. Por esse motivo, é preciso construir condutores que levem essas
cargas e possibilitem a formação de imagem. Atualmente, há dois procedimentos
principais de fabricação, confira:
Método 1
Esta é a maneira mais usual de fabricação e é usada por grandes empresas,
como a Samsung. O OLED é conectado a condutores não orgânicos de forma que a
eletricidade passe. O problema é que os materiais usados esquentam muito,
derretendo o plástico.
Para resolver o problema, os fabricantes usam uma liga de plástico “coberta”
por vidro. Depois disso, eles “descascam” o produto até ele ficar maleável,
resultando em uma tela flexível.
Método 2
Recentemente, a HP Labs descobriu uma nova forma de fabricar telas
flexíveis. Eles mudaram o tipo de condutores, passando a usar componentes
feitos de silicone. Com isso, o problema do aquecimento foi resolvido. A partir
desse momento, a HP pode colocar o OLED diretamente em folhas feitas de
plástico bem resistentes, gerando telas flexíveis em rolo.
....
O maior obstáculo dos dois métodos descritos anteriormente é o fato de que
eles ainda precisam de infraestrutura cara para funcionar — estamos falando dos
condutores. Isso encarece o produto, fazendo com que o público consumidor seja
pequeno.
Portanto, o próximo passo é desenvolver telas flexíveis — usando o OLED ou
não — que tenham um processo de fabricação mais barato e simples. Será que vai
demorar muito?
Testes comprovam que
eletrônicos flexíveis podem "aguentar o tranco"
Pesquisadores
esticaram e torceram pequeno gadget para ver se os eletrônicos flexíveis são
mesmo viáveis.
Cada vez
mais as empresas apontam para um futuro com aparelhos flexíveis. Notícias dando
conta sobre o desenvolvimento de novos materiais que tornam isso possível
sempre estão surgindo, como a nova tela dobrável e ultrafina da
Corning, por exemplo.
Porém,
ainda faltam maiores informações que mostrem para nós, “meros consumidores”, que
esse tipo de aparelho pode mesmo chegar às nossas mãos. Ainda: será que um
celular aguentaria ficar sendo dobrado pelo seu dono?
Pensando
nisso, pesquisadores criaram alguns componentes eletrônicos sobre uma
superfície feita com um substrato flexível. A ideia do estudo, segundo o Ars Technica, foi descobrir
se os pequenos nanocircuitos são capazes de aguentar o estresse de ficarem
sendo dobrados em direções diferentes, mantendo estabilidade e funcionamento
normais.
O
eletrônico foi exposto a várias “torturas”, se é que podemos dizer assim,
sofrendo cerca de mil ciclos de testes que variavam entre flexões, enrolamentos
e esticadas. Já para verificar o desempenho do aparelho, foram realizados
testes para medir a corrente elétrica do experimento – isso enquanto ele sofria
com as mais diversas torções.
E os
resultados, segundo os pesquisadores, foram bem satisfatórios. Tanto sob forte
estresse como após todos os testes, o comportamento da corrente continuou
estável, funcionando de forma normal. Com isso, eles chegaram à conclusão de
que os eletrônicos flexíveis podem sim ser uma realidade em breve, mesmo que a
complexidade do aparelho criado para a experiência não chegue nem perto daquela
vista em um tablet ou smartphone.
Rumor: Samsung e LG querem
lançar telas flexíveis até o fim do ano
Produção
dos painéis começaria apenas em pequena escala, mas poderia aumentar se público
gostasse da novidade.
Já faz um
bom tempo que as telas flexíveis deram as caras no mundo da tecnologia. Mas
mesmo as empresas pioneiras nessa tecnologia ainda não lançaram nenhum aparelho
com elas no mercado – a Samsung, por exemplo, chegou a lançar um concurso para
que o público desse ideias de produtos com esses painéis.
Fontes do
ETNews.com, porém, indicam que podemos ver
aparelhos com telas flexíveis chegando ao mercado ainda em 2013. De acordo com
eles, a Samsung e a LG pretendem começar a distribuir painéis
flexíveis ainda em novembro – a primeira com uma produção aproximada de 1 a 1,5
milhão delas por mês, enquanto a segunda apenas 500 mil por mês, em seu máximo.
Os
números acima podem parecer pequenos, mas podemos considerar isso como apenas
um “teste” das empresas. Isso porque, no caso do público apresentar uma boa
receptividade, ambas podem aumentar o investimento na produção das telas
flexíveis. Resta esperar para saber se as telas realmente darão as caras neste
ano, como os rumores indicam.
Maleável,
o novo display dos mesmos fabricantes do Gorilla Glass é eficaz contra riscos e
extremamente fino.
Olhando para ele, dá-se a impressão de que você vê um plástico grosso, pois
ele é translúcido, fino e maleável.
Mas o Willow Glass é uma tela feita de vidro flexível, desenvolvida pela
Corning, a mesma criadora do famoso e largamente utilizado Gorilla Glass. Assim
como seu irmão mais velho, o Willow é resistente, o que aumenta ainda mais a
sua lista de recursos.
A companhia, sediada em Nova York, Estados Unidos, apresentou sua novidade
para o mundo há um ano e ainda enfrenta alguns desafios, como a utilização que
tal material pode vir a ter. A princípio, pode-se dizer que os conceitos de
smartphones e tablets dobráveis já ganham um reforço de peso para se tornarem
realidade.
A capacidade do Willow Glass de “embrulhar” um dispositivo aumenta bastante
as possibilidades de uso da tecnologia, deixando a cargo da indústria encontrar
alguma utilidade nova para ele, que podem ir além dos gadgets que temos hoje em
dia.
Fino e resistente
O grande destaque do principal produto da Corning, o Gorilla
Glass, é a resistência. O display é utilizado em diversos aparelhos — quase
600 equipamentos de mais de 30 fabricantes diferentes — e se tornou referência
de durabilidade. Ao que tudo indica, a mesma força é encontrada no Willow
Glass.
A novidade aqui, além da flexibilidade, fica pela espessura do novo display:
ele tem aproximadamente um terço da finura do Gorilla Glass. Assim, a Corning
chegou a uma evolução, um produto forte, fino e maleável.
Chance de dar em nada
A ideia é, por motivos óbvios, muito boa. Uma tela capaz de ser maleável
permitiria a criação de dispositivos maleáveis, inclusive um passo
significativo na evolução da computação
vestível (wearable computing). Dispositivos agregados em roupas
inteligentes, com tela sensível ao toque e informações úteis oferecidas em um
display flexível e inteligente seriam algumas das aplicações.
Mas, além de faltarem iniciativas que indiquem um uso de fato do Willow
Glass, a Corning enfrentou o problema de produzir seu novo material em larga
escala sem que isso traga custos excessivos para os seus clientes.
“Willow pode ser um avanço sem sentido se a Corning não descobrir um modo de
fabricar isso em grandes quantidades — e de um jeito que os clientes poderiam
usá-lo em suas próprias linhas de produção”, afirma uma reportagem do
Technology Review, site do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos
EUA.
Prensa de vidro
O pesquisador Terry Ott, da Corning, esteve com a equipe de desenvolvimento
do Willow e, em setembro de 2011, partiu rumo à fábrica de telas da empresa em
Harrodsburg, Kentucky. Seu objetivo era descobrir um jeito de fabricar a tela
em escala comercial evitando desperdícios, e ele conseguiu.
Normalmente, as telas são produzidas em painéis e, posteriormente, cortadas
no tamanho certo para determinados dispositivos. Para tornar a produção do
Willow Glass viável, seria necessário um espaço para abrigar tiras tão grandes
quanto o tamanho de três campos de futebol.
A solução para o vidro do futuro veio do passado: instalar máquinas que
lembram prensas de jornal, com rolos nos quais o material pode ser disposto. O
custo-benefício deste método é melhor do que a produção de painéis, pois evita
a perda inevitável de material na hora do corte. Entretanto, a possibilidade de
enrolar o vidro só existe se ele for flexível, como é o caso do Willow Glass.
Produção cuidadosa
O Willow Glass é trazido ao mundo por meio de um processo de fusão, no qual
o vidro é fundido a uma temperatura elevada e, no momento certo, é despejado em
uma forma, se solidificando no fundo. Nesse momento, ele pode ser manipulado
para se transformar em uma folha pronta para o corte.
Além disso, as prensas nas quais giram o Willow Glass já pronto contam com
alguns detalhes interessantes para garantir a integridade do material. O vidro
em si não encosta nos rolos, pois ele conta com uma proteção nas bordas que
fazem isso e mantêm uma distância segura entre o produto e o rolo da prensa.
Isso evita qualquer tipo de dano durante a fase de produção.
Willow Glass vem aí?
Ao Technology Review, o vice-presidente da Corning, Dipak Chowdhury, afirmou
que um dispositivo usando a sua nova tecnologia deve chegar ao mercado ainda em
2013. Apesar do otimismo, Ott garante já ter sido uma conquista o
desenvolvimento de um método de produção em larga escala do Willow Glass.
Será mesmo que este tipo de material tem condições de se estabelecer no
mundo da tecnologia?
Telas flexíveis: qual a real utilidade dessa tecnologia?
Grande aposta da indústria para 2013, tecnologia pode mudar a forma como interagimos com conteúdos digitais.
Com início programado para o dia 8 de janeiro de 2013, a CES 2013 deve
ser palco para o anúncio de diversos produtos surpreendentes e para a
apresentação de conceitos totalmente inéditos. Porém, a tecnologia que
deve ganhar destaque entre as empresas que vão participar do evento é
uma só: os displays flexíveis
Embora não sejam exatamente uma novidade entre quem acompanha
notícias relacionadas ao mundo da tecnologia, esses dispositivos durante
muito tempo foram apresentados como uma simples promessa do futuro.
História que deve mudar no ano que vem devido ao esforço de empresas
como a Samsung e a Sharp, que já trabalham em meios de incorporar as
novas telas em produtos acessíveis ao grande público. Neste artigo, apresentamos alguns dos motivos pelos quais essa
tecnologia está chamando tanto a atenção da indústria. Confira abaixo as
razões pelas quais, em um futuro próximo, você provavelmente também vai
ter em sua casa ao menos um dispositivo equipado com uma tela flexível.
Tecnologia versátil
Caso os planos de indústrias como a Samsung, Sharp, Sony e Corning
(somente para citar alguns exemplos) sejam concretizados, em questão de
poucos anos nossa vida será invadida por displays flexíveis. Jornais,
xícaras de café, painéis de carros, geladeiras, balcões de cozinha,
laterais de prédios e mochilas serão somente alguns dos locais que serão
invadidos pela novidade.
“Há um mundo amplo de possibilidades para displays flexíveis”,
afirmou ao USA Today o pesquisador Jeff Demain, do Laboratório de
Circuitos e Sistemas da Intel. “Dentro de cinco anos, todas as
superfícies vão se transformar em telas”, prevê ele.
“Os consumidores adorariam poder curvar ou dobrar dispositivos”,
disse à publicação Bob O’Donell, analista de mercado da empresa IDC. “Em
vez de carregar um telefone ou tablet, você poderia simplesmente
desdobrar uma tela grande”, complementa.
Apesar das promessas animadoras feitas por muitos profissionais
envolvidos no desenvolvimento da tecnologia, a previsão é que os
primeiros displays flexíveis surjam de forma discreta em aparelhos já
bem estabelecidos. Smartphones e tablets devem ser os grandes
responsáveis pela estreia comercial da novidade, algo que deve acontecer
já em 2013.
Forma de diferenciação
A primeira leva das telas flexíveis deve ser usada mais como uma
forma de diferenciar produtos do que uma maneira de mudar o formato de
aparelhos eletrônicos. Atualmente, quem mais aposta nisso é a Samsung,
que deve apresentar sua primeira linha de aparelhos com a tecnologia
dentro de alguns meses.
As telas OLED produzidas pela empresa têm o objetivo de ser um
diferencial à tecnologia “in cell” criada pela Sharp, que integra
sensores de toque a painéis de cristal líquido. Ao usar plástico como
matéria-prima, a companhia sul-coreana quer oferecer aos consumidores
telas que são praticamente inquebráveis, cujo custo de fabricação seria
menor do que o dos displays produzidos atualmente.
Segundo o vice-presidente da unidade de displays da Samsung, Lee
Chang-hoon, protótipos de novos produtos já estão sendo testados por
consumidores selecionados. Porém, segundo ele, ainda é muito cedo para
determinar a data em que os dispositivos deverão fazer sua estreia para o
grande público.
Grandes possibilidades
A promessa de ter em mãos uma tela feita em plástico virtualmente
inquebrável, extremamente leve e flexível anima os engenheiros de
diversas empresas. A expectativa é que, em 2018, tecnologias do tipo
movimentem nada menos que US$ 8,2 bilhões — em 2008, esse número não
passou de US$ 85 milhões.
“Displays flexíveis têm sido assunto de conversas nos últimos 10
anos”, disse Pat Moorhead, presidente da empresa de pesquisas de mercado
Moor Insights & Strategy. “Agora, o foco é a criação de produtos”,
completa. Confira abaixo uma lista com alguns dos meios em que a nova
tecnologia poderá ser empregada:
Pulseiras: se depender da HP, em breve as forças
armadas dos Estados Unidos passarão a usar pulseiras capazes de
estabelecer a comunicação entre soldados, também atuando como aparelhos
de GPS. Os dispositivos, que serão costurados aos uniformes militares,
também podem atuar como uma forma de obter informações técnicas
relacionadas ao reparo de veículos danificados em batalha.
Balcões de cozinha: na visão da Microsoft, as casas
do futuro serão equipadas com cozinhas repletas de balcões sensíveis ao
toque. Uma superfície de mármore poderá ser equipada com uma tela
através da qual vai ser possível acompanhar receitas ou programas de TV
transmitidos a partir de um retroprojetor instalado no teto do local —
segundo Jonathan Cluts, diretor de protótipos da empresa, essa
tecnologia poderá se tornar um item-padrão dentro de cinco anos.
Carros:além de servir como um meio para exibir
informações, as telas flexíveis poderão atuar como uma forma de mudar a
cor do carro que você vai comprar no futuro. É o que garante Akio
Toyoda, CEO da Toyota, que em 2011 apresentou ao público o Fun-Vii,
veículo conectado à internet que empregava displays colocados em seu
exterior para mudar sua aparência.
Construções:a tecnologia também deve mudar a forma
como a publicidade é exibida em nossas ruas. Como são extremamente
duradouras e resistentes, as telas podem ser usadas em ambientes
públicos sem serem prejudicadas por elementos como a chuva. Embora ainda
estejam restritas a alguns museus e estações de metrô bastante
específicos, as telas em breve devem invadir construções mais comuns — a
expectativa é que a China seja a primeira a adotar a tecnologia de
forma massiva em seus prédios.
Obstáculos e expectativas
Para que os displays flexíveis realmente ganhem espaço no mundo da
tecnologia, será preciso que as empresas da área consigam superar
diversos obstáculos técnicos. O principal deles é conseguir desenvolver
substratos (camada na qual componentes eletrônicos são colocados) que
possuam a mesma durabilidade e flexibilidade das novas telas.
Esse processo tem se provado bastante caro, consumindo uma quantidade
de tempo que não se adéqua ao ritmo de uma planta industrial. “Há
vários desafios que devem ser superados. Nenhum deles maior do que os
displays que usam vidro em sua composição”, afirma Pat Moorhead, da Moor
Insights & Strategy.
As dificuldades enfrentadas pelas empresas e o grande número de
vendas das telas disponíveis atualmente sem dúvida foram fatores que
desaceleraram o desenvolvimento da nova tecnologia. Segundo Mark Fihn,
responsável pela Veritas et Visus, publicação especializada na área, a
produção em massa das novas telas só ocorrerá quando a indústria adotar
um método de fabricação baseado em rolos semelhantes àqueles usados para
imprimir jornais.
Entre as empresas que já demonstraram a viabilidade do processo está a
Corning (fornecedora de componentes para a Apple e a Samsung, entre
outras companhias) e a LG, que já anunciou o início da produção em massa
de seu papel eletrônico proprietário. Empresas como a E Ink, Plastic
Logics, Infinite Power Solutions e Universal Display também estão
interessadas na área, porém a transição para novos métodos de produção
ainda ocorre em ritmo lento.
Durante essa etapa de transição, displays
flexíveis com dimensões reduzidas deverão marcar presença em crachás de
segurança, cartões de fidelidade e em etiquetas que indicam o preço de
produtos em lojas e supermercados. Segundo Janos Veres, líder do time de
eletrônicos imprimíveis do Palo Alto Research Center, a adoção da nova
tecnologia no fim das contas se trata basicamente de um jogo que envolve
uma mistura de expectativa e paciência.
Qual a sua opinião?
E você, o que pensa sobre o assunto? Acredita que as novas telas
flexíveis realmente vão ganhar espaço em nosso cotidiano ou acha que
tudo isso não passa de mero devaneio de alguns membros da indústria?
Registre sua opinião sobre o assunto e nos conte sobre suas expectativas
envolvendo a nova tecnologia em nossa seção de comentários.