quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O mundo das Telas Flexíveis


Como funcionam as telas flexíveis?
Nova tecnologia faz uso do OLED, uma maneira de emitir luz organicamente.


Prazer, meu nome é OLED
 
As telas flexíveis usam uma tecnologia relativamente nova chamada de diodo orgânico emissor de luz — comumente conhecida pela sua sigla em inglês, ou seja, OLED. Esse dispositivo já está presente em televisões e outros aparelhos, como o PS Vita, pois possui um grande trunfo: ele produz luz própria. 


Algumas pessoas podem pensar: “Que incrível! Essa telinha é como o sol!”, mas não é bem assim. Para que o OLED possa brilhar e reproduzir imagens, é necessário emitir cargas elétricas que fazem o dispositivo funcionar. E, com a luz própria, é possível obter cores mais reais, melhor definição e muitos outros benefícios.Além disso, o OLED é extremamente fino, o que permite o uso em materiais não convencionais, como o alumínio. Dessa forma, é possível construir telas realmente flexíveis, com uma aparência semelhante à do papel convencional.
 
E como essas telas são feitas?
Como já foi explicado anteriormente, o OLED necessita de uma carga elétrica para funcionar. Por esse motivo, é preciso construir condutores que levem essas cargas e possibilitem a formação de imagem. Atualmente, há dois procedimentos principais de fabricação, confira:
 
Método 1
Esta é a maneira mais usual de fabricação e é usada por grandes empresas, como a Samsung. O OLED é conectado a condutores não orgânicos de forma que a eletricidade passe. O problema é que os materiais usados esquentam muito, derretendo o plástico.
Para resolver o problema, os fabricantes usam uma liga de plástico “coberta” por vidro. Depois disso, eles “descascam” o produto até ele ficar maleável, resultando em uma tela flexível.

Método 2
Recentemente, a HP Labs descobriu uma nova forma de fabricar telas flexíveis. Eles mudaram o tipo de condutores, passando a usar componentes feitos de silicone. Com isso, o problema do aquecimento foi resolvido. A partir desse momento, a HP pode colocar o OLED diretamente em folhas feitas de plástico bem resistentes, gerando telas flexíveis em rolo.
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O maior obstáculo dos dois métodos descritos anteriormente é o fato de que eles ainda precisam de infraestrutura cara para funcionar — estamos falando dos condutores. Isso encarece o produto, fazendo com que o público consumidor seja pequeno.
Portanto, o próximo passo é desenvolver telas flexíveis — usando o OLED ou não — que tenham um processo de fabricação mais barato e simples. Será que vai demorar muito?
Fonte: Economist


Testes comprovam que eletrônicos flexíveis podem "aguentar o tranco"
Pesquisadores esticaram e torceram pequeno gadget para ver se os eletrônicos flexíveis são mesmo viáveis.

Cada vez mais as empresas apontam para um futuro com aparelhos flexíveis. Notícias dando conta sobre o desenvolvimento de novos materiais que tornam isso possível sempre estão surgindo, como a nova tela dobrável e ultrafina da Corning, por exemplo.
Porém, ainda faltam maiores informações que mostrem para nós, “meros consumidores”, que esse tipo de aparelho pode mesmo chegar às nossas mãos. Ainda: será que um celular aguentaria ficar sendo dobrado pelo seu dono?
Pensando nisso, pesquisadores criaram alguns componentes eletrônicos sobre uma superfície feita com um substrato flexível. A ideia do estudo, segundo o Ars Technica, foi descobrir se os pequenos nanocircuitos são capazes de aguentar o estresse de ficarem sendo dobrados em direções diferentes, mantendo estabilidade e funcionamento normais.
O eletrônico foi exposto a várias “torturas”, se é que podemos dizer assim, sofrendo cerca de mil ciclos de testes que variavam entre flexões, enrolamentos e esticadas. Já para verificar o desempenho do aparelho, foram realizados testes para medir a corrente elétrica do experimento – isso enquanto ele sofria com as mais diversas torções.
E os resultados, segundo os pesquisadores, foram bem satisfatórios. Tanto sob forte estresse como após todos os testes, o comportamento da corrente continuou estável, funcionando de forma normal. Com isso, eles chegaram à conclusão de que os eletrônicos flexíveis podem sim ser uma realidade em breve, mesmo que a complexidade do aparelho criado para a experiência não chegue nem perto daquela vista em um tablet ou smartphone.


Rumor: Samsung e LG querem lançar telas flexíveis até o fim do ano

Produção dos painéis começaria apenas em pequena escala, mas poderia aumentar se público gostasse da novidade.


Já faz um bom tempo que as telas flexíveis deram as caras no mundo da tecnologia. Mas mesmo as empresas pioneiras nessa tecnologia ainda não lançaram nenhum aparelho com elas no mercado – a Samsung, por exemplo, chegou a lançar um concurso para que o público desse ideias de produtos com esses painéis.
Fontes do ETNews.com, porém, indicam que podemos ver aparelhos com telas flexíveis chegando ao mercado ainda em 2013. De acordo com eles, a Samsung e a LG pretendem começar a distribuir painéis flexíveis ainda em novembro – a primeira com uma produção aproximada de 1 a 1,5 milhão delas por mês, enquanto a segunda apenas 500 mil por mês, em seu máximo.
Os números acima podem parecer pequenos, mas podemos considerar isso como apenas um “teste” das empresas. Isso porque, no caso do público apresentar uma boa receptividade, ambas podem aumentar o investimento na produção das telas flexíveis. Resta esperar para saber se as telas realmente darão as caras neste ano, como os rumores indicam.
Fonte: ETNews.com


Willow Glass, a tela flexível da Corning
Maleável, o novo display dos mesmos fabricantes do Gorilla Glass é eficaz contra riscos e extremamente fino.

Olhando para ele, dá-se a impressão de que você vê um plástico grosso, pois ele é translúcido, fino e maleável.
Mas o Willow Glass é uma tela feita de vidro flexível, desenvolvida pela Corning, a mesma criadora do famoso e largamente utilizado Gorilla Glass. Assim como seu irmão mais velho, o Willow é resistente, o que aumenta ainda mais a sua lista de recursos.
A companhia, sediada em Nova York, Estados Unidos, apresentou sua novidade para o mundo há um ano e ainda enfrenta alguns desafios, como a utilização que tal material pode vir a ter. A princípio, pode-se dizer que os conceitos de smartphones e tablets dobráveis já ganham um reforço de peso para se tornarem realidade.
A capacidade do Willow Glass de “embrulhar” um dispositivo aumenta bastante as possibilidades de uso da tecnologia, deixando a cargo da indústria encontrar alguma utilidade nova para ele, que podem ir além dos gadgets que temos hoje em dia.
Fino e resistente
O grande destaque do principal produto da Corning, o Gorilla Glass, é a resistência. O display é utilizado em diversos aparelhos — quase 600 equipamentos de mais de 30 fabricantes diferentes — e se tornou referência de durabilidade. Ao que tudo indica, a mesma força é encontrada no Willow Glass.
A novidade aqui, além da flexibilidade, fica pela espessura do novo display: ele tem aproximadamente um terço da finura do Gorilla Glass. Assim, a Corning chegou a uma evolução, um produto forte, fino e maleável.
Chance de dar em nada
A ideia é, por motivos óbvios, muito boa. Uma tela capaz de ser maleável permitiria a criação de dispositivos maleáveis, inclusive um passo significativo na evolução da computação vestível (wearable computing). Dispositivos agregados em roupas inteligentes, com tela sensível ao toque e informações úteis oferecidas em um display flexível e inteligente seriam algumas das aplicações.

Mas, além de faltarem iniciativas que indiquem um uso de fato do Willow Glass, a Corning enfrentou o problema de produzir seu novo material em larga escala sem que isso traga custos excessivos para os seus clientes.
“Willow pode ser um avanço sem sentido se a Corning não descobrir um modo de fabricar isso em grandes quantidades — e de um jeito que os clientes poderiam usá-lo em suas próprias linhas de produção”, afirma uma reportagem do Technology Review, site do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos EUA.

Prensa de vidro

O pesquisador Terry Ott, da Corning, esteve com a equipe de desenvolvimento do Willow e, em setembro de 2011, partiu rumo à fábrica de telas da empresa em Harrodsburg, Kentucky. Seu objetivo era descobrir um jeito de fabricar a tela em escala comercial evitando desperdícios, e ele conseguiu.
Normalmente, as telas são produzidas em painéis e, posteriormente, cortadas no tamanho certo para determinados dispositivos. Para tornar a produção do Willow Glass viável, seria necessário um espaço para abrigar tiras tão grandes quanto o tamanho de três campos de futebol.
A solução para o vidro do futuro veio do passado: instalar máquinas que lembram prensas de jornal, com rolos nos quais o material pode ser disposto. O custo-benefício deste método é melhor do que a produção de painéis, pois evita a perda inevitável de material na hora do corte. Entretanto, a possibilidade de enrolar o vidro só existe se ele for flexível, como é o caso do Willow Glass.

Produção cuidadosa

O Willow Glass é trazido ao mundo por meio de um processo de fusão, no qual o vidro é fundido a uma temperatura elevada e, no momento certo, é despejado em uma forma, se solidificando no fundo. Nesse momento, ele pode ser manipulado para se transformar em uma folha pronta para o corte.

Além disso, as prensas nas quais giram o Willow Glass já pronto contam com alguns detalhes interessantes para garantir a integridade do material. O vidro em si não encosta nos rolos, pois ele conta com uma proteção nas bordas que fazem isso e mantêm uma distância segura entre o produto e o rolo da prensa. Isso evita qualquer tipo de dano durante a fase de produção.

Willow Glass vem aí?

Ao Technology Review, o vice-presidente da Corning, Dipak Chowdhury, afirmou que um dispositivo usando a sua nova tecnologia deve chegar ao mercado ainda em 2013. Apesar do otimismo, Ott garante já ter sido uma conquista o desenvolvimento de um método de produção em larga escala do Willow Glass.
Será mesmo que este tipo de material tem condições de se estabelecer no mundo da tecnologia?

Telas flexíveis: qual a real utilidade dessa tecnologia?
Grande aposta da indústria para 2013, tecnologia pode mudar a forma como interagimos com conteúdos digitais.

Com início programado para o dia 8 de janeiro de 2013, a CES 2013 deve ser palco para o anúncio de diversos produtos surpreendentes e para a apresentação de conceitos totalmente inéditos. Porém, a tecnologia que deve ganhar destaque entre as empresas que vão participar do evento é uma só: os displays flexíveis

Embora não sejam exatamente uma novidade entre quem acompanha notícias relacionadas ao mundo da tecnologia, esses dispositivos durante muito tempo foram apresentados como uma simples promessa do futuro. História que deve mudar no ano que vem devido ao esforço de empresas como a Samsung e a Sharp, que já trabalham em meios de incorporar as novas telas em produtos acessíveis ao grande público.
Neste artigo, apresentamos alguns dos motivos pelos quais essa tecnologia está chamando tanto a atenção da indústria. Confira abaixo as razões pelas quais, em um futuro próximo, você provavelmente também vai ter em sua casa ao menos um dispositivo equipado com uma tela flexível.

Tecnologia versátil
Caso os planos de indústrias como a Samsung, Sharp, Sony e Corning (somente para citar alguns exemplos) sejam concretizados, em questão de poucos anos nossa vida será invadida por displays flexíveis. Jornais, xícaras de café, painéis de carros, geladeiras, balcões de cozinha, laterais de prédios e mochilas serão somente alguns dos locais que serão invadidos pela novidade.
“Há um mundo amplo de possibilidades para displays flexíveis”, afirmou ao USA Today o pesquisador Jeff Demain, do Laboratório de Circuitos e Sistemas da Intel. “Dentro de cinco anos, todas as superfícies vão se transformar em telas”, prevê ele.
“Os consumidores adorariam poder curvar ou dobrar dispositivos”, disse à publicação Bob O’Donell, analista de mercado da empresa IDC. “Em vez de carregar um telefone ou tablet, você poderia simplesmente desdobrar uma tela grande”, complementa.
Apesar das promessas animadoras feitas por muitos profissionais envolvidos no desenvolvimento da tecnologia, a previsão é que os primeiros displays flexíveis surjam de forma discreta em aparelhos já bem estabelecidos. Smartphones e tablets devem ser os grandes responsáveis pela estreia comercial da novidade, algo que deve acontecer já em 2013.

Forma de diferenciação
A primeira leva das telas flexíveis deve ser usada mais como uma forma de diferenciar produtos do que uma maneira de mudar o formato de aparelhos eletrônicos. Atualmente, quem mais aposta nisso é a Samsung, que deve apresentar sua primeira linha de aparelhos com a tecnologia dentro de alguns meses.
As telas OLED produzidas pela empresa têm o objetivo de ser um diferencial à tecnologia “in cell” criada pela Sharp, que integra sensores de toque a painéis de cristal líquido. Ao usar plástico como matéria-prima, a companhia sul-coreana quer oferecer aos consumidores telas que são praticamente inquebráveis, cujo custo de fabricação seria menor do que o dos displays produzidos atualmente.
Segundo o vice-presidente da unidade de displays da Samsung, Lee Chang-hoon, protótipos de novos produtos já estão sendo testados por consumidores selecionados. Porém, segundo ele, ainda é muito cedo para determinar a data em que os dispositivos deverão fazer sua estreia para o grande público.

Grandes possibilidades
A promessa de ter em mãos uma tela feita em plástico virtualmente inquebrável, extremamente leve e flexível anima os engenheiros de diversas empresas. A expectativa é que, em 2018, tecnologias do tipo movimentem nada menos que US$ 8,2 bilhões — em 2008, esse número não passou de US$ 85 milhões.
“Displays flexíveis têm sido assunto de conversas nos últimos 10 anos”, disse Pat Moorhead, presidente da empresa de pesquisas de mercado Moor Insights & Strategy. “Agora, o foco é a criação de produtos”, completa. Confira abaixo uma lista com alguns dos meios em que a nova tecnologia poderá ser empregada:
Pulseiras: se depender da HP, em breve as forças armadas dos Estados Unidos passarão a usar pulseiras capazes de estabelecer a comunicação entre soldados, também atuando como aparelhos de GPS. Os dispositivos, que serão costurados aos uniformes militares, também podem atuar como uma forma de obter informações técnicas relacionadas ao reparo de veículos danificados em batalha.

Balcões de cozinha: na visão da Microsoft, as casas do futuro serão equipadas com cozinhas repletas de balcões sensíveis ao toque. Uma superfície de mármore poderá ser equipada com uma tela através da qual vai ser possível acompanhar receitas ou programas de TV transmitidos a partir de um retroprojetor instalado no teto do local — segundo Jonathan Cluts, diretor de protótipos da empresa, essa tecnologia poderá se tornar um item-padrão dentro de cinco anos.
Carros: além de servir como um meio para exibir informações, as telas flexíveis poderão atuar como uma forma de mudar a cor do carro que você vai comprar no futuro. É o que garante Akio Toyoda, CEO da Toyota, que em 2011 apresentou ao público o Fun-Vii, veículo conectado à internet que empregava displays colocados em seu exterior para mudar sua aparência.
Construções: a tecnologia também deve mudar a forma como a publicidade é exibida em nossas ruas. Como são extremamente duradouras e resistentes, as telas podem ser usadas em ambientes públicos sem serem prejudicadas por elementos como a chuva. Embora ainda estejam restritas a alguns museus e estações de metrô bastante específicos, as telas em breve devem invadir construções mais comuns — a expectativa é que a China seja a primeira a adotar a tecnologia de forma massiva em seus prédios.
Obstáculos e expectativas
Para que os displays flexíveis realmente ganhem espaço no mundo da tecnologia, será preciso que as empresas da área consigam superar diversos obstáculos técnicos. O principal deles é conseguir desenvolver substratos (camada na qual componentes eletrônicos são colocados) que possuam a mesma durabilidade e flexibilidade das novas telas.
Esse processo tem se provado bastante caro, consumindo uma quantidade de tempo que não se adéqua ao ritmo de uma planta industrial. “Há vários desafios que devem ser superados. Nenhum deles maior do que os displays que usam vidro em sua composição”, afirma Pat Moorhead, da Moor Insights & Strategy.


As dificuldades enfrentadas pelas empresas e o grande número de vendas das telas disponíveis atualmente sem dúvida foram fatores que desaceleraram o desenvolvimento da nova tecnologia. Segundo Mark Fihn, responsável pela Veritas et Visus, publicação especializada na área, a produção em massa das novas telas só ocorrerá quando a indústria adotar um método de fabricação baseado em rolos semelhantes àqueles usados para imprimir jornais.
Entre as empresas que já demonstraram a viabilidade do processo está a Corning (fornecedora de componentes para a Apple e a Samsung, entre outras companhias) e a LG, que já anunciou o início da produção em massa de seu papel eletrônico proprietário. Empresas como a E Ink, Plastic Logics, Infinite Power Solutions e Universal Display também estão interessadas na área, porém a transição para novos métodos de produção ainda ocorre em ritmo lento.

Durante essa etapa de transição, displays flexíveis com dimensões reduzidas deverão marcar presença em crachás de segurança, cartões de fidelidade e em etiquetas que indicam o preço de produtos em lojas e supermercados. Segundo Janos Veres, líder do time de eletrônicos imprimíveis do Palo Alto Research Center, a adoção da nova tecnologia no fim das contas se trata basicamente de um jogo que envolve uma mistura de expectativa e paciência.

Qual a sua opinião?
E você, o que pensa sobre o assunto? Acredita que as novas telas flexíveis realmente vão ganhar espaço em nosso cotidiano ou acha que tudo isso não passa de mero devaneio de alguns membros da indústria? Registre sua opinião sobre o assunto e nos conte sobre suas expectativas envolvendo a nova tecnologia em nossa seção de comentários.




Samsung Youm - Tela Flexível OLED - CES 2013

 



Fonte:  
MIT Technology Review, BBC News, Corning
USA Today, Ars Technica, OLED-Info.com
YouTube.



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